Gerenciamento de Crise: Como preparar a sua empresa para momentos de crise

15 abril 2014 / ABC do Financiamento / Comentários
Gerenciamento de Crise

Gerenciamento de Crise: Como preparar a sua empresa para momentos de crise

O que fazer quando a sua empresa se vê dentro de uma crise financeira? Aqui está uma maneira prática de lidar com a situação

Infelizmente, o sucesso presente de uma empresa não garante o seu sucesso futuro. Isso significa que, mesmo que a sua empresa tenha liquidez e esteja crescendo, ela não está a salvo de uma crise.

Seja esta crise um problema financeiro interno, por falta de pagamento de clientes, ou um problema global, como uma crise financeira que vira e mexe abala a economia de países e empresas, um administrador precisa saber o que fazer nesse cenário.

Como podemos ver, nem sempre a gestão da empresa é responsável pelos problemas e desafios que ela enfrenta.

Na crise de 2008, por exemplo, enquanto alguns segmentos não foram afetados, outros tiveram uma forte queda de desempenho: principalmente aquelas empresas que vendem diretamente para a indústria.

Essa mesma crise que, para alguns por aqui não passou de uma marolinha, causou grande impacto à economia norte-americana.

Por lá, as famílias, endividadas e com perdas patrimoniais substancias em decorrência da desvalorização dos preços dos imóveis e do derretimento das bolsas de valores, frearam o consumo.

Os bancos que investiram em ativos atrelados às hipotecas tiveram perdas bilionárias. Os empresários, em um ambiente tão incerto, recuaram em seus investimentos. O desemprego alcançou um nível bastante elevado.

Em uma situação tão grave, o governo americano foi obrigado a estatizar bancos e seguradoras com o intuito de conter a crise de confiança generalizada.

A taxa de juros foi levada para um patamar próximo de zero com a finalidade de estimular o consumo e os investimentos produtivos.

Isso transformou a crise do subprime em uma bola de neve que impactou pequenas, médias, grandes empresas e multinacionais seculares que, pela primeira vez em sua história precisaram lidar com uma situação delicada desse tipo.

Em momentos como esse é muito bom saber o que não fazer e assim evitar prejuízos ainda maiores. Aqui temos 10 coisas a serem evitadas quando a crise bate à porta.

#1. Não negue o impacto da crise

Mesmo se a sua empresa pareça não estar sendo afetada pela crise financeira, fique atento. Ainda que a crise passe apenas por áreas secundárias do negócio, é provável que ela atinja a sua empresa.

#2. Não exagere na cautela

Mantenha as contas a curto e médio prazo na ponta do lápis. É importante acompanhar cada passo do mercado e das finanças da empresa para saber a real necessidade de tomar determinadas medidas.

#3. Descuidar da comunicação

Em momentos de crise é especialmente importante administrar adequadamente a comunicação da empresa, seja com clientes, fornecedores ou funcionários.

É imprescindível manter as pessoas informadas sobre os fatos que afetam a empresa, bem como sobre as medidas que estão sendo tomadas.

Só assim consegue-se neutralizar os impactos negativos de rumores e informações imprecisas.

#4. Não ponderar os custos de cada cenário

É importante estimar situações de máximo e mínimo risco, a fim de prever as possíveis ações que serão necessárias em cada uma delas. Saiba como fazer o gerenciamento de crise.

#5. Endividar-se

É preciso ajustar os gastos com os ganhos previstos pela empresa e esforçar-se para cumprir as metas para realizar o gerenciamento de crise.

Amargar prejuízo em períodos de crise pode fazer com que a empresa afunde mais facilmente. Concentre seus esforços em conseguir os financiamentos ou refinanciamentos necessários para alcançar o equilíbrio do negócio.

#6. Não descuide das decisões

Frente à tanta incerteza, muitas decisões delegadas anteriormente ou automatizadas devem ser reexaminadas e, talvez, centralizadas novamente.

#7. Não continue com projetos sem reavaliá-los

Reconsidere os projetos previstos ou em andamento e congele aqueles que não vão melhorar a curto prazo os resultados da empresa.

Como estamos em um cenário diferente, deve-se revisar a validade das estimativas feitas antes do período de crise.

#8. Não atender as mudanças do mercado

As mudanças constantes no cenário de crise obrigam os administradores a estar em permanente vigilância em relação às variações de vendas e aos concorrentes.

Quanto mais rápida for a resposta de uma empresa para as mudanças do mercado, melhor ela poderá planejar as estratégias que permitam restabelecer o negócio.

#9. Não tenha uma reação exagerada

A crise é uma situação delicada e não se deve tomar decisões com pressa. Deve-se impor a moderação.

Tão desaconselhável é a redução massiva de pessoal como fazer contratações indiscriminadamente.

#10. Não prever os possíveis cenários uma vez superada a crise

Existe um depois da crise e é preciso pensar nele.

O empresário tem que imaginar como pode ficar o setor e planejar a busca de novos mercados e produtos para quando a crise terminar.

Como fugir da crise?

Algumas empresas não estão em crise porque tiveram visão de futuro, pensaram na frente e souberam alocar seus recursos financeiros e de pessoal.

Hoje, estas organizações vivem um momento muito mais estável do que outras e não estão contribuindo para um estado crítico maior de desemprego na sociedade.

Se por algum acaso uma crise bater à sua porta, não se desespere e tente seguir as seguintes orientações:

  • Faça uma análise profunda dos fatores que levaram sua empresa a se encontrar em uma situação de crise. Procure identificar quais são os principais gargalos do negócio. Falhas na gestão financeira e no planejamento, posicionamento equivocado no mercado, custos elevados, precificação incorreta de produtos e serviços são alguns dos problemas mais comuns.
  • Se a empresa não tiver condições de honrar os seus compromissos financeiros, procure os fornecedores e instituições financeiras para renegociar as dívidas. Evite a inadimplência, que pode deixar a sua empresa com restrições cadastrais ou com falta de credibilidade no mercado.
  • Na renegociação, procure estabelecer condições de pagamento compatíveis com sua situação financeira, ou seja, prazo, juros e prestações adequadas. Não role a dívida somente para protelar o problema.
  • Se a sua empresa estiver atrasada com o pagamento de tributos, também deve procurar o mais rápido o possível o órgão responsável para a renegociação e parcelamento do débito.
  • Os especialistas alertam que a transparência é a melhor postura diante da situação de crise. Ser franco com os credores e com seus funcionários é fundamental.
  • Uma empresa em dificuldades pode ter que tomar decisões delicadas, como corte de pessoal e de custos. Se for necessária uma medida de impacto, não espere para agir, pois se essa decisão for adiada o empreendimento poderá ser inviabilizado.
  • Em relação aos custos, tenha em mente que estes precisam ser os menores possíveis. Essa busca constante por baixos custos é um fator essencial para garantir a competitividade da empresa no mercado.
  • Mude de hábitos. Não adianta elaborar estratégias de recuperação se o administrador continuar a repetir os erros do passado.
  • Defina prioridades e metas a serem alcanças no curto, médio e longo prazo. Esses objetivos têm que ser compartilhados pelos demais colaboradores da empresa.

Use o controle financeiro a seu favor

Um controle rigoroso de custos e gastos é fundamental para que o negócio possa ser competitivo. Uma gestão austera é indispensável para implantar as bases para o desenvolvimento da empresa.

Na prática, a empresa tem que saber negociar com seu banco taxas de juros mais baixas e buscar sempre o crédito com menor custo. Se precisar de ajuda nesta tarefa, conte conosco, teremos prazer em ajudar em seu gerenciamento de crise.

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