Bitcoin: conheça a moeda virtual que vem ganhando o mundo

27 fevereiro 2014 / Finanças / Comentários

Bitcoin

Bitcoin – a moeda virtual que vem ganhando o mundo

Já imaginou uma moeda que não fosse submetida a nenhuma regulamentação? Graças à internet, esta já é uma realidade. Estamos falando do Bitcoin. Conheça tudo sobre ele aqui no blog da Intoo!

O que são os Bitcoins?

Em poucas palavras bitcoins são moedas virtuais baseadas em dados criptografados que são movimentadas através da internet. O criador é conhecido pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, que defende sua criação como “a primeira moeda digital descentralizada”. Descentralizada porque não há influência de governos ou bancos nas transações o que, inclusive, garante o anonimato dos usuários e promete ser imune à inflação.

Como funcionam?

Este novo “sistema financeiro” funciona através de rede de dados ponto-a-ponto (P2P) e para se conectar a ela é necessário instalar um programa de código aberto disponível na internet, o BItcoin-Qt. Cada computador conectado à rede atua como cliente e servidor ao mesmo tempo. Os dados de todas as operações feitas com Bitcoin são “divididas” em pequenas partes e distribuídos entre todas as máquinas conectadas, ou seja, não há um banco de dados central.

Para gerar um bloco de registro de transações é necessário quebrar chaves criptográficas. Esta “quebra” se dá através do uso do poder de processamento das máquinas conectadas à rede. Assim que uma chave é “quebrada” são geradas 25 novas moedas que são distribuídas entre os computadores que participaram da “quebra” e depositados num “arquivo carteira”. Um detalhe importante é que o nível de dificuldade deste processo aumenta à medida que o número de usuários cresce.

Os “mineradores” de Bitcoins podem usar estas moedas recebidas para a compra de produtos e serviços ou vender para outros internautas interessados e, dessa forma, obter dinheiro “real”. São inúmeras as empresas e estabelecimentos que já aceitam as bitcoins como forma de pagamentos. A rede de franquias Subway é uma delas, parte de suas lojas localizadas na Europa, Estados Unidos e Austrália recebem nesta moeda e, inclusive, promovem o uso da mesma. Já no Brasil, a propagação desta novidade ainda está em processo de aceleração. Ainda são poucos os estabelecimentos adeptos.

Quem determina o valor da moeda?

O valor da moeda sofre oscilações baseadas única e exclusivamente na lei da oferta e da procura. Como se trata ainda de algo novo, que a cada dia se torna mais popular e ganha a confiança do mercado, a volatilidade da moeda vem sendo estratosférica e prova disso foi a valorização ocorrida desde seu lançamento em 2009 e os dias de hoje – cada moeda vale hoje mais de US$600, e já esteve perto dos mil dólares. Uma das características da moeda que nos faz acreditar numa futura estabilização é o fato de haver um limite de moedas a serem criadas: 21 milhões no total. Hoje em dia existem cerca de 12,3 milhões em circulação.

Segurança

Desde sua criação já ocorreram cerca de 35 grandes fraudes e furtos de Bitcoins no mundo. O mais importante dele foi o roubo de 38.527 Bitcoins da casa de câmbio on-line Bitcoinica LLC, (05/2012), segundo o site BitcoinTalk.org.

Para tentar coibir estes ataques, o bitcoin tem incentivado startups (empresa de tecnologia em estágio inicial) a buscarem soluções de segurança para a rede. Mas, podemos entender que ainda não há uma blindagem contra estes hackers.

Os governos e o bitcoin

Há uma preocupação procedente dos governos em relação ao impacto desta nova moeda sobre as moedas nacionais. Dentre as principais discussões estão a influência que a mesma pode ter sobre as moedas tradicionais, seu uso criminoso (para lavagem de dinheiro e comércio de drogas e armas, por exemplo) e, não menos importante, em relação às implicações do seu uso para tributações. Ainda assim, em outubro de 2013 foi aprovada uma lei regulamentando-a. Na contramão deste posicionamento, a China declarou a proibição do seu uso desde o fim do ano passado.

Tudo ainda é muito novo e muito pouco claro. Acredita-se que à medida que a moeda se popularizar maior será a atenção dada pelos governos e a partir daí sim poderemos vislumbrar qual será o seu futuro. Por enquanto são apenas especulações. O fato é, ela está se popularizando e está colocando em “risco” o atual modelo de movimentações financeiras, o que tende a incomodar as instituições financeiras, as administradoras de cartões e outras formas de pagamento, além, claro, dos bolsos do governo.

Ficou alguma dúvida sobre o assunto? Mande-nos um comentário.

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